Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Um enorme susto
- Vá, espreita! O que vês?
- Hum… Nada! Está tão escuro!
- Sai daí! Não fazes nada de jeito. Entro eu e vejo logo o que há aí.
O Luís saiu, todo corado, de dentro de um enorme saco de pano vermelho:
- Não vi mesmo nada! Nem nada apalpei! Acho que o saco está vazio.
- Como pode estar o saco vazio? Não vês todas estas saliências, umas mais altas, outras mais baixas, umas grandes, outras pequenas? – observou o Dinis.
- Mas não está lá nada. Acredita em mim! – choramingou o Luís.
- Chega-te para lá – disse o Dinis. – Agora vou eu para dentro do saco.
O Luís parecia preocupado:
- Despacha-te! Ele pode chegar a qualquer momento.
- És mesmo um lingrinhas.- E dito isto enfiou-se para dentro do saco. Primeiro desapareceu a cabeça, depois o pescoço, o tronco e os braços, as pernas… Até que mesmo os pés se deixaram de ver.
- Isto nunca mais tem fim! – exclamou ele. – Eh! Esqueci-me da lanterna… Anda cá, Luís! Dá-me a lanterna, por favor.
O Luís pegou na lanterna e enfiou a cabeça no saco. Esticou a mão que segurava aquela luz artificial para a entregar ao Dinis. De repente, sentiu um pontapé no traseiro e caiu para dentro do saco! Agora aquele saco encarnado parecia um túnel sem fim e os dois irmãos gritavam assustados enquanto desciam, desciam, desciam… Finalmente avistaram uma luz. Seria o fim do saco? Continuaram a escorregar até que foram cair dentro de um enorme caldeirão, com água, que estava numa enorme cozinha.
- Chegaram mais dois curiosos! Já temos jantar. – exclamou uma enorme mulher com um enorme mau hálito.
- Que bom, veio mesmo a calhar. Estou cá com uma larica…- disse o marido, também enorme.
Pois bem, os dois meninos tinham ido parar a uma cozinha de um casal de gigantes, cada um mais feio do que o outro.
O Dinis estava tão pálido que mais parecia uma múmia do Antigo Egipto e o Luís tremia tanto que lembrava uma gelatina!
- Vai buscar mais lenha, Manel, para que a água comece a ferver mais rapidamente.
- Vou já, Maria. Estou com tanta fome que até seria capaz de os comer assim, crus e tudo.
De repente, os meninos sentiram-se a ser sugados e foram puxados para dentro do saco. Foram subindo, subindo, até que viram uma luz. Seria a entrada do saco? Sim, era.
Quando deram por ela estavam os dois junto do saco de pano vermelho...
Ouviram então uma voz grossa de trovão que perguntou:
- Ainda querem entrar?
Nem responderam nem se viraram para ver quem era! Subiram escadas acima e enfiaram-se na cama, com os corações aos pulos.
E sabem uma coisa? É isto que acontece, ou outras coisas piores, a quem espreita para dentro do saco do Pai Natal…
…um enorme susto!
IG
BOAS FESTAS e... muito juizinho!
E lá fomos nós, felizes da vida, rumo à Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão. Como sempre, adorámos este momento mágico levado a cabo pelas "feiticeiras" que dramatizam como ninguém! Qualquer dia estão em Hollywood!
As alunas mais velhas apresentaram alguns dos livros que leram.
Depois de termos aprendido alguns conceitos e procedimentos relativos à compostagem chegou o momento da montagem do compostor.