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A Magia da Amizade
Esta história que vos vamos contar passou-se no dia treze de dezembro… Nunca nos iremos esquecer!...
Começou a nevar intensamente em Janeiro de Cima e nós estávamos na sala de aula a fazer um desenho sobre o Natal.
De repente, ouvimos um estranho barulho que fazia lembrar um trovão. Receosos mas curiosos, fomos ver o que se passava e dirigimo-nos para o recreio da escola, de onde o som provinha.
Qual não foi o nosso espanto ao depararmo-nos com o Pai Natal estatelado no chão e ferido no joelho… O pobre coitado! As suas renas estavam penduradas numa árvore e o Rodolfo tinha o nariz a piscar, fazendo lembrar uma luz de sirene!
Fomos de imediato ajudar o Pai Natal a levantar-se. A professora foi buscar a caixa de primeiros socorros e aplicou-lhe um curativo.
O Pai Natal ficou muito alegre por o termos ajudado e agradeceu com um grande ”ohohohbrigado”. Tirou de dentro de uma bolsa, que estava pendurada no cinto das calças, um pó mágico. Soprou-o em direção das renas que logo saíram da árvore, aparecendo ao pé de nós, como que por artes mágicas.
- O meu problema ainda não está resolvido. – lamentou-se o Pai Natal. – Preciso da vossa ajuda! Quando estava a voar no meu trenó houve uma espécie de explosão e o meu querido trenó partiu-se em onze bocados.
Começámos a procurar os fragmentos do trenó com muita vontade de ajudar o nosso novo amigo. Deu cá uma trabalheira! É que eles estavam em diferentes sítios: perto da capela de S. Sebastião, na Malhada Velha, em Bogas de Cima, em Bogas do Meio, em Bogas de Baixo… Ufa! Que estafa! E o último pedaço foi complicadíssimo de encontrar… Não aparecia! O Pai Natal estava a ficar tão desesperado que nem quis um chocolate quentinho, coisa que ele adora! Mas… finalmente! Lá estava ele, o último bocado do trenó! Imaginem só que se encontrava a boiar nas águas da “nossa” praia fluvial. Foi o Rodolfo que o foi buscar, a nado. Coitado! Ainda engoliu uns poucos de pirolitos e depois desta banhoca ficou com uma enorme constipação e com o nariz mais vermelho e batatudo que nunca!
Já era quase de noite quando conseguimos entregar as onze partes do trenó ao Pai Natal. Este pegou nos pedaços, colocou-os um a um no chão e, quando chegou ao décimo primeiro, juntaram-se todos, formando de novo o trenó.
Achámos isto muito engraçado porque o Pai Natal parecia que estava a montar um puzzle!
Finalmente, a magia tinha regressado ao trenó e este já podia sobrevoar os céus do mundo inteiro, para que as prendas pudessem ser distribuídas. Além disso, cada um de nós ganhou um magnífico presente: a autorização especial para entrarmos em contacto com o Pai Natal via skype!
O que foi verdadeiramente importante nesta história não foram as prendas mas sim a verdadeira amizade que ainda hoje perdura, entre nós e o Pai Natal. É que não há nada mais belo que uma amizade verdadeira … Aquela amizade que não olha a dificuldades para ajudar o amigo aflito. Aquela amizade que dá magia às nossas vidas!
Conto da autoria dos alunos da EB1 de Janeiro de Cima