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Portugal dos Pequenitos esteve de parabéns ao comemorar 75 anos, no dia 8 de junho.
As Aldeias do Xisto passaram a estar representadas em Portugal dos Pequenitos a partir desse dia , através de uma casinha tradicional e nós, os alunos de Janeiro de Cima, não poderíamos deixar de faltar!
A escola de Janeiro de Cima foi comemorar o Dia Mundial da Criança ao Centro Nossa Senhora de Fátima, a Bogas de Cima.
A tarde decorreu de forma animada e recheada de um salutar convívio entre as duas gerações. Pinturas faciais, teatro, desenho, jogos de convívio, o "jogo da teia" e o "jogo dos balões" foram algumas das atividades aí empreendidas.
No fim não podia faltar o lanche partilhado, troca de mimos e .... saudades e um bem-haja a todos!
A nossa turma está muito feliz e orgulhosa pois recebeu um Menção Honrosa relativa ao concurso "Uma Aventura Literária 2015".
A história premiada intitula-se " Um estranho objeto...". Espero que gostem!
Esta história que vou contar surgiu do meu fascínio pelos astros e da minha fértil imaginação. Sempre admirei as estrelas, os planetas, os cometas… Como eu anseio viajar de foguetão, fazer um piquenique na lua, cativar um amigo extraterrestre!…
Tudo começou certa noite de verão, iluminada pela lua cheia e orquestrada pelos grilos e cigarras. Estava eu à janela do meu quarto, a observar o céu e as estrelas, como tantas vezes fazia, quando me pareceu estar a cair qualquer coisa do céu… Que seria? Estaria eu a ver bem? Teria sido apenas impressão minha?
Desci as escadas e fui lá fora inspecionar. Já no quintal olhei para todo o lado com extrema atenção. Nada via! De repente, algo me chamou a atenção. Era um clarão mesmo atrás da Tília Carolina… Bem, era uma tília que eu tinha no meu quintal mas eu sempre tive a mania de dar nomes a tudo. É que um nome próprio torna tudo único e o meu quintal era único para mim. Como eu estava a dizer o tal clarão prendeu-me a atenção. Dirigi-me ao local com algum medo, confesso. Mas lá fui… Vi então um objeto grande, brilhante, amarelado, duro, leve e frio ao tato. Inspecionei melhor e não descortinei o que poderia ser. O que mais me chamava a atenção era o facto de parecer um cristal! Cheiro não tinha. Hum…Lambi um pouco aquela coisa… Não sabia a nada mas era frio como gelo! Pousei lá o meu ouvido…
- Psiu! Psiu! Isso é um bocado de lua!
Aquela finíssima voz não vinha dali. Não vinha não! Eu tenho bom ouvido!
- Psiu! Psiu! Olha aqui para cima! Eu sou uma estrela. – continuou a voz.
Olhei para cima e vi uma estrela cintilante, pequenina, pousada em cima da Tília Carolina. Fiquei sem fala. Fiquei aparvalhado, estupefacto, boquiaberto…
- Ó miúdo, tu não ouves? – perguntou a estrela.
- Sim, estou a ouvir… Ouço perfeitamente – respondi eu com certa dificuldade em articular as palavras.
- Eu estava a dizer que isso aí que tu tanto observas é um pedaço da lua. - tornou a Estrela Mimi (foi o nome que lhe dei).
- Um pedaço da lua? Pode lá ser! – retorqui eu, incrédulo.
- Sim, é mesmo! Tens de me ajudar a devolver esse nariz à lua!
- Nariz?! Essa agora! – e inspecionei melhor o objeto.
Efetivamente tinha dois buracos parecidos com narinas! De repente… “Atchim! Atchim!” Saiu este som do tal pedaço de lua que, como sabem, é a onomatopeia do espirro.
- Vês, é o nariz da lua… Ela tem estado muito constipada e quando se estava a assoar ao seu lenço- nuvem o nariz caiu-lhe.
- Mas como posso eu ajudar? Que posso eu fazer? – questionei eu preocupado.
- Não sei. Pensa numa solução. – respondeu a Mimi.
- Vem até ao meu quarto. Preciso de verificar uma coisa… Vá, entra pela janela! – ordenei eu.
Entrei em casa. Subi as escadas. Entrei no quarto. A Estrela Mimi já estava no peitoril da janela.
Dirigi-me ao telescópio… Foquei a lua. Ela acenou-me! E, realmente, não tinha o nariz! Sempre era verdade… Mas que fazer?
Desci de novo as escadas e fui para o quintal. A Estrela Mimi foi ter comigo.
- Já pensaste nalguma solução? – retorquiu ela.
Não respondi mas peguei no objeto com muito cuidado e perguntei:
- Isto parte-se? Se eu bater aqui… dói-lhe? Quer dizer, a lua sente dor? Quer dizer…
- Não, isso não se parte! E é claro que a lua não sente dor! Não é um ser vivo! É o único satélite natural da Terra e o quinto maior do Sistema Solar… Mas vocês não estudam nada? Que ignorantes!
- Sei tudo isso! Sei tudo isso! – afirmei eu um pouco aborrecido. É que, assim sendo, acho que encontrei uma solução para este problema.
Fui novamente ao meu quarto. Peguei na minha luva e taco de basebol. Desci as escadas. Já no quintal segurei aquele nariz lunar e … zás!
- Afonso, que se passa contigo? Não me ouviste chamar-te para o jantar? – disse a minha mãe, arreliada. – Já estou a ver que adormeceste à janela, novamente!
Afinal tudo tinha sido um sonho, que pena! Antes de ir jantar fui dar uma espreitadela pelo telescópio. Lá estava a lua sem nada fora do normal mas… No parapeito da minha janela um objeto muito pequenino, brilhante, amarelado, duro, leve e frio ao tato cintilava!
Agrupamento Gardunha e Xisto, EB1 Janeiro de Cima
Turma 29/ Professora Ivone Gama Figueiredo
O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor comemora-se a 23 de abril.
Esta data não foi escolhida ao acaso! No ano de 1616, a 23 de abril, morreram escritores famosos: Miguel Cervantes, William Shakespeare e Garcilaso de la Vega.
A EB1 de Janeiro de Cima não quis ficar indiferente a esta data e criou um poema dedicado ao livro.
"Todos os anos, a 22 de abril celebra-se o Dia Mundial da Terra.
A data foi criada em 1970, por um senador norte-americano chamado Gaylord Nelson que resolveu realizar um protesto contra a poluição da Terra, depois de verificar as consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara, na Califórnia, ocorrido em 1969.
Inspirado pelos protestos dos jovens norte-americanos que contestavam a guerra, Gaylord Nelson, desenvolveu esforços para conseguir colocar o tema da preservação da Terra na agenda política norte-americana.
A população aderiu em força à manifestação e mais de 20 milhões de americanos manifestaram-se a favor da preservação da terra e do ambiente.
Assim, todos os anos, no dia 22 de abril, milhões de cidadãos em todo o mundo manifestam o seu compromisso na preservação do ambiente e da sustentabilidade da Terra.
O Dia Mundial da Terra já conta com mais de mil milhões de atos realizados em prol do ambiente ao longo da história."
Neste dia, deve-se fazer um balanço sobre a ação do Homem na Terra: o que se melhorou, o que ainda temos de melhorar e como fazê-lo.
Problemas como o aumento da temperatura global da Terra, extinção de espécies animais,aumento do nível dos oceanos, escassez de água potável,maior número de catástrofes naturais - como tempestades, secas e ondas de calor-, poluição, incêndios florestais continuam bem presentes.
Cabe a cada um de nós cuidar do ambiente e dar à Terra a dedicação que ela merece.
Hoje, a Português, estivemos a explorar a divertida poesia "Tudo ao Contrário" de Luísa Ducla Soares.
Depois, como que contagiados por algum vírus divertido, resolvemos continuar a poesia... Vejam lá o resultado!
Aniversários
Carnaval
"Uma História para Continuar..."
Abraçámos o projeto educativo proposto pela ESTE- Estação Teatral - com muito entusiasmo e inventámos esta história:
A traidora
“Por volta do século XVI ou XVII, não se sabe ao certo, um senhor, talvez nobre, possuidor de grandes bens e de terras situadas nas duas margens do rio Zêzere, resolveu legar aos seus dois filhos de apelido Januários os seus bens. Entregou a um as terras da margem direita do rio e ao outro as da margem esquerda. Assim nasceu Janeiro de Cima na margem esquerda e Janeiro de Baixo na margem direita.”
Mas tal doação de bens e terras aos Januários esteve mesmo por um fio pois o Senhor Fernando Januário esteve prestes a ficar na penúria! Vejamos pois como tudo aconteceu.
O senhor Fernando era um nobre muito bem-parecido, viúvo e pai de dois filhos: o Sebastião e o João. Como era ainda um homem novo a ideia de voltar a casar não estava posta de lado.
Certo dia de verão, andando ele a passear por suas terras, a cavalo, avistou uma mulher caída no chão. Desceu do cavalo e aproximou-se da senhora que estava inanimada e ferida no pé. A mulher vestia uns trajes nobres, era morena, cabelo escuro e comprido, aparentando ter idade similar à de Fernando. Este pegou nela ao colo, colocou-a no cavalo e galopou até sua casa onde cuidou dela.
Quando ela veio a si pouco ou nada falava. Soltava apenas pequenos e estranhos sons. Fernando entregou-a aos cuidados de Mafalda, sua criada e ama dos seus filhos. Exigia que ela fosse tratada com todos os requintes e que Mafalda se dedicasse mais à dita senhora que aos seus filhos.
- Mas senhor, são horas dos meninos almoçarem…
- Que esperem! Não vê como aquela mulher está fraca?
- Mas senhor…
- Limite-se a cumprir ordens!
E assim passaram-se duas semanas. Fernando continuou a tratar dela com muita dedicação e curiosidade. Passava os dias a cismar… Quem seria ela? Donde teria vindo? Por que não falava?
A pouco e pouco a mulher foi recuperando a saúde. Os filhos de Fernando, ainda pequenos, estavam proibidos de fazer barulho, de correr, de brincar… O sossego daquela senhora não podia ser perturbado!
Por fim a mulher começou a falar. Não se recordava do nome, da idade…enfim, não sabia quem era! Uma verdadeira calamidade!
Fernando passou a chamar-lhe Maria pois, dizia ele, esse nome ela deveria ter apesar de acompanhado de outro. Quanto aos filhos Maria enxotava-os, dizendo que a cansavam muito… Também tratava a criada com bastante antipatia.
- Vá buscar-me um copo de água! Vá! De que está à espera, criada reles?
Fernando apaixonou-se irremediavelmente pela Maria. Até falava em casar! E ela tratava-o com muito carinho, sibilando-lhe palavras meigas e aconselhando-o nos afazeres da casa.
- Os vossos amorosos filhos necessitam de mais estudos. Já estão na idade de saírem daqui. Eles, que são tão adoráveis, não podem ser educados por uma simples ama… Não é que eu não goste dela! Ela tem sido um anjo para mim…
Fernando decidiu mandar os filhos para a capital. Fernando decidiu casar com Maria.
Mafalda começou a aperceber-se que Maria saia sempre depois do seu senhor partir para fiscalizar os seus terrenos. Certo dia, seguiu-a. Maria entrou na floresta e encontrou-se com um homem… Eles beijavam-se e riam-se!
Quando seu amo chegou, Mafalda tentou alertá-lo.
- Meu senhor, preciso de falar convosco! É muito importante. Necessito de falar acerca da senhora Maria… Ela não é boa pessoa… - dizia, em sussurro, Mafalda.
- O quê? O que estás a dizer? Mas o que se passa? – inquiriu seu amo.
- Psiu! Senhor, olhe que ela pode ouvir! … Ela sai para se encontrar com um homem…
- Não acredito! – gritou Fernando.
Com o grito Maria saiu do quarto e inteirou-se do que passara.
- Como ousas, Mafalda! Que mal te fiz eu para inventares tal história? – e começou a chorar descontroladamente.
- Meu amor, não choreis. É claro que eu sei que é mentira.
- Choro sim. Até me dói a alma. Que grande mentira! Eu bem sabia que ela estava apaixonada por ti…
- Por mim? Que dizeis?!
- Sim, inventou tudo para nos afastar…
- Não, eu digo a verdade. Eu vi tudo. Eu segui-vos! – gritou inconformada Mafalda.
Maria desatou a chorar amargamente. Até que Fernando ordenou:
- Mafalda, faz as tuas malas e amanhã, quando eu chegar, não a quero ver aqui!
- Mas, senhor…
O jantar foi servido como de costume. Maria continuava chorosa.
- Não a mandeis embora, coitadinha… É verdade que estou muito magoada e que ela é uma mentirosa mas… coitadinha…
- Está decidido!
Fernando partiu cedo para as suas terras. Antes de partir encontrou-se com Mafalda à porta.
- Já tenho as malas feitas. Vou partir… Mas, por favor, escondei-vos ali, naquela floresta, ao pé daquele pinheiro velho e vereis que vos digo a verdade…
- Como ousas! – disse Fernando.
Mafalda partiu. Fernando partiu… Partiu para o sítio apontado pela criada.
Viu Maria sair de casa. Viu-a dirigir-se para ali. Viu-a encontrar-se com um homem. Viu-os beijarem-se loucamente apaixonados.
- Este já cá canta. Depois de me casar com o parvinho vamos caçar outro!
Graças a Mafalda tudo acabou bem. A mulher e o homem foram presos. Há muito que andavam no enlace deles.
Os filhos de Fernando regressaram a casa. Mafalda voltou a casa de seu amo… Bom, do seu futuro marido!
Hoje estávamos muito patrióticos!